Deisi Táparo

Quais as chances de alguém com um perfil introvertido, tímido e sorridente, encarar sozinho o mundo em busca de seus sonhos? Talvez nenhuma, você pensa, pois, duas das características de uma pessoa tímida, são: a dificuldade em ir a lugares novos e a de iniciar interações com estranhos, validada aqui com outra característica, a de evitar o contato social, essa pertencente ao lado introvertido.

Mas foi com essas características que a sorridente @deisitapparo ganhou o mundo.

Desde pequena ela sempre se dedicou aos estudos. Fez sua graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária, encarou o mestrado e por fim seu doutorado. Hoje atua como pesquisadora e consultora na área de aproveitamento energético de resíduos. Ou seja, ela primeiro teve que ganhar o mundo para hoje cuidar dele.

E quando ela o encarou, o fez sozinha e aproveitou o máximo da oportunidade que estava a sua frente. Morou em Viena, passou por Paris, Budapeste, extraindo conhecimento. Andou a pé, de trem, metrô, ônibus, por ruas que se tornaram suas, absorvendo o máximo de cada lugar. Viveu como local em cada cidade que passou e trouxe a experiência e a certeza de que pessoas tímidas, introvertidas mas acima de tudo, sorridentes, são capazes de ganhar o mundo.

Hoje a workaholic, Deisi, estuda e desenvolve soluções para transformar resíduos em fontes de energia, ajudando a identificar as melhores práticas para coletar, transportar e armazená-los, bem como avaliar as opções de conversão de energia mais eficientes e rentáveis. Ou seja, ela ganhou o mundo e agora cuida dele.

Nas horas de folga, além de aproveitar a companhia do marido, André, também curte seus momentos com os livros, jogando tênis, pedalando, ou, incorporando o papel de carinhosa e atenciosa “dinda”.

Se perguntarmos à Deisi se valeu a pena, talvez ela responda tal qual Fernando Pessoa:

“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

E a alma da Deisi é gigante!

E essa é a lição para todos os tímidos, introvertidos e sorridentes; Completando o verso de Pessoa: “Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor”.

Obrigado, Deisi, por nos permitir contar um pouco da tua história, que hoje, também faz parte da nossa história.