02/10/2020 às 18:54

Qual o preço da sua história?

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Está escrito lá no romance "O som e a fúria", do norte-americano, William Faulkner a frase: "O homem é o somatório de suas experiências". E seja lá o que for, de todas estas experiências, é certo que "de tudo fica um pouco", como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade em seu poema "Resíduo".São histórias que fazem parte da minha, da sua, da nossa vida.E qual é a maneira que o homem encontrou para registrar suas histórias?Sim! Através das imagens.Nos primórdios, nas paredes das cavernas.Depois nos papiros.Surgiram então as telas de tecido.Recentemente (175 anos), a fotografia.Depois o vídeo.E engatinhando, a AR (Realidade Aumentada), onde fotografia e vídeo fundem-se no mesmo material.E através dela, da fotografia, a história pode ser contida/contada a qualquer momento.Um exemplo disso, muito simples e corriqueiro, são os encontros de família, onde em algum momento, surge uma vó, uma tia, um primo, com um álbum ou uma caixa repleta de fotos nas mãos,  e automaticamente faz a história ser recontada.Vejo isso frequentemente nos encontros da minha família.E ali, vendo os registros nos lembramos dos casamentos, das crianças que fomos, das festas, de quem partiu, de quem nunca vimos na frente, de quem recém chegou.Mas, e se neste exato momento alguém chegasse para você e toda a sua família, e fizesse a seguinte proposta:

 - Eu quero comprar seus álbuns de família, seus álbuns de formatura, o álbum de seus filhos quando eram bebês e todas as fotos que você têm soltas pela casa.Qual o preço da sua história?

É bem provável que você me diga que não tem como precificar.É bem provável que ela, a sua história, a história dos seus, não tenha preço.Quantas vezes você, em um momento especial, com seu celular, registrou algo importante?O primeiro andar do seu filho.O primeiro dia de aula.O primeiro encontro.Aquela festa com a galera.A comemoração quando seu time foi campeão.

E quantas vezes você perdeu tudo?Seu celular deu pau!Puft! Acabou!!A história foi apagada de uma hora para outra.Ah! Mas hoje existem as redes sociais e salvamos as fotos lá - você pode estar pensando.E quantas redes sociais deixaram de existir?Lembra do Orkut?O que aconteceu com as fotos que estavam lá?E quantos perfis foram invadidos e em instantes, a história desapareceu da linha do tempo?

Por isso a importância de imprimir nossas fotografias.Para que a história seja registrada.Para que os legados sejam relembrados.Para que possamos fazer parte das experiências do futuro.Agora, a história final deste post e a mais importante.A foto acima foi enviada pela Natália Barreiros.Você já a conhece. Você já ouviu falar dela por aqui no post "Em 2020 fui mãe de onze",  onde conto sobre as fotografias que fizemos para a @nossamaedoceuPois do ensaio da Nati com a Cecília, surgiu um álbum com os registros deste momento mágico e único e íntimo entre mãe e filha.É o álbum que você vê nas mão deste senhor.O senhor chama-se Ido, 79 anos, e á avô da Nati, bisavô da Cecília.A foto foi feita pela Nati pelo celular e enviada a mim, com a seguinte legenda: "Até hoje, foi a pessoa que mais se emocionou ao ver o álbum. Ele não para de falar: Que coisa linda! Nati que lembrança linda !(e tá chorando)".

Pergunte para a Nati, se ela vende este álbum.Pergunte para a Cecília, daqui alguns anos, qual o valor destes registros impressos.Não há preço que se pague por nossas histórias, por nossas experiências.São únicas e todas, sejam qual forem, carregam o nosso DNA."Pois de tudo fica um pouco.Fica um pouco de teu queixono queixo de tua filha".Imprima suas fotos.Faça seus álbuns.E se quiser marcar o seu momento comigo, saiba que será um prazer imenso fazer parte da sua história.

02 Out 2020

Qual o preço da sua história?

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